Muitos amigos me perguntam como é que posso ter tanto prazer em exercer uma profissão - professor - que tem perdido prestígio, dinheiro e estabilidade.
A resposta é simples:
fringe benefits.
Só que estes
fringe benefits não são aqueles que normalmente se vêem nas empresas (carro, cartão de crédito, etc.); os meus
fringe benefits medem-se naquilo que recebo dos alunos. As perguntas, os olhos iluminados por os ter ajudado a descobrir uma nova janela sobre o mundo, o sucesso que têm na vida profissional após terem deixado a faculdade e os agradecimentos embrulhados em embalagens especiais. No ano lectivo passado, por exemplo, entre outras coisas, recebi uma lata de Coca-Cola (bebida que me acompanha diariamente) assinada pelos alunos e um discurso em que me disseram que eu era como os professores que se vêem nos filmes e que se pensa não existirem. Ego muito inchado à parte, eu sei que são visões toldadas pela generosidade de quem me olha, mas também por isso fazem diferença. E fazem desta profissão um caminho único.