segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Restarão vagas?

“As pessoas que, num momento de crise, optarem pelo princípio da neutralidade vão para os lugares mais quentes do Inferno”.
John Fitzgerald Kennedy, citado por D. Januário Torgal Ferreira, em entrevista ao “Sol”, explicando como se deve posicionar a Igreja face ao ano de crise que se prevê ser 2009.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Os benefícios são todos iguais?

A resposta é um simples não.

Em termos publicitários, os benefícios podem ser divididos em "necessários", "quanto mais melhor", "quanto baste" e "inferidos".

Os benefícios "necessários" são aqueles sem os quais a marca passa a ser rejeitada. Por exemplo, um carro deve andar. Se não o fizer, por muito que nos maravilhe pela sua estética e interiores cuidados, é pouco provável que o desejemos...

Os benefícios “quanto mais melhor”são aqueles para os quais o consumidor não estabelece um limite. "Saber bem" é um benefício sem limite. Não há algo que possa saber tão bem, tão bem que... sabe mal.

Não confundir saber bem com doce! É que a doçura é um exemplo de um benefício “quanto baste”. Ou seja, aqui o consumidor considera que há uma medida ideal. Por isso, é que quando algo é demasiado doce até dizemos que fica enjoativo.

Outro exemplo clássico de um benefício "quanto baste" é a espuma da pasta de dentes. Nós queremos que a pasta de dentes faça espuma, mas não tanta que nos saia pelas orelhas, certo?

Finalmente, temos os benefícios inferidos, que são caracterizados pelo facto de serem dispensados pela marca, mas não serem referidos na comunicação. Temos aqui, entre outros, o preço elevado. Quando, ao olharmos para uma montra, vemos dois relógios de marcas desconhecidas e um custa 100€ e o outro 1000€, imediatamente atribuímos ao mais caro uma maior qualidade. Estamos a inferir um benefício...

É assim fundamental analisarmos os benefícios que a nossa marca dá e os seus respectivos tipos, para não cometermos erros como, por exemplo, não traçar limites para um benefício "quanto baste" e com isso levarmos à rejeição por parte do consumidor.

Ou seja, não podemos correr o risco de tornar o Ceú um seca... (ver post com este título)

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O que é ser português?

“Ser português é fingir que se é europeu, mas ficar com os olhinhos a brilhar de cada vez que se ouve a palavra «mar».”
Vasco Pinhol

E se o Céu for uma seca?

A pergunta acima foi feita por uma miúda de 14 anos a um padre jesuíta e parece-me ser, sem dúvida, a pergunta filosófica do ano.

Em termos publicitários, creio que poderíamos dizer que a pergunta é: «será que o Céu é um benefício "quanto baste"?». Ou seja, aquele tipo de benefício que o consumidor considera haver uma medida ideal.

Ao que sei, o padre terá informado que o Céu é um benefício"quanto mais melhor". Que é como quem diz que estaremos na presença de um benefício para o qual não estabelecemos limites.

A escolha, neste caso, está no domínio da Fé.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Simples pode ser belo?

“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”
Fernando Pessoa

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Eles e Eu. Estranho?

Quando ele não acaba o seu trabalho, é preguiçoso.
Quando eu não acabo o meu trabalho, estou muito ocupado.

Quando ele fala de alguém, é maledicência.
Quando eu falo de alguém, é crítica construtiva.

Quando ele mantém o seu ponto de vista, é teimoso.
Quando eu mantenho o meu ponto de vista, sou firme.

Quando ele não me fala, é uma afronta.
Quando eu não lhe falo, é um simples esquecimento.

Quando ele demora muito tempo a fazer qualquer coisa, é lento.
Quando eu demoro muito tempo a fazer qualquer coisa, sou cuidadoso.

Quando ele é amável, é porque tem uma segunda intenção.
Quando eu sou amável, é porque sou virtuoso.

Quando ele vê os dois aspectos de uma questão, é um oportunista.
Quando eu vejo os dois aspectos de uma questão, sou largo de espírito.

Quando ele é rápido a fazer qualquer coisa, é descuidado.
Quando eu sou rápido a fazer qualquer coisa, sou hábil.

Quando ele faz qualquer coisa sem lhe pedirem, mete-se naquilo que não lhe diz respeito.
Quando eu faço qualquer coisa sem que mo peçam, tenho iniciativa.

Quando ele defende os seus direitos, mostra que tem mau feitio.
Quando eu defendo os meus direitos, mostro que tenho carácter.
Fonte: Visão Integrada

Estranho? Não será estranho, porque a capacidade de nos colocarmos no lugar do Outro é das mais difíceis de desenvolver. E fundamental para qualquer profissional da comunicação.
Se calhar poder-se-ia retirar a palavra comunicação. E até profissional; é fundamental, ponto.