quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Cão que ladra não morde?

A agência alemã Grabarz & Partner criou para a marca de petfood “Naturia” uma campanha cujo público-alvo foi o verdadeiro "utilizador" da marca; ou seja, o cão.

No essencial, o que fizeram foi associar um som na frequência dos 15Khz (idêntico ao de um apito para cães) de cada vez que o nome da marca era referido num anúncio, o que levava os cães a reagiram de um modo fora do normal de cada vez que ouviam "Naturia".

Resultados imediatos: crescimento de 28% nas vendas e, principalmente, reforço do posicionamento da marca expresso na assinatura "We understand dogs".

Veja o vídeo da campanha aqui:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=bXWYbt46u-g

sábado, 18 de dezembro de 2010

Publicidade indecente?

No Brasil, existe uma organização não-governamental que - e cito - "visa impedir que a publicidade enganosa ou abusiva cause constrangimento ao consumidor ou a empresas".

Chama-se Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária, mas é mais conhecido pela sigla... CONAR (http://www.conar.org.br/).

Desculpem lá, mas com acrónimos destes é difícil convencer alguém de que a Publicidade é uma actividade decente!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Por quem os sinos dobram?

"Nenhum homem é uma ilha, inteiro em si mesmo
cada homem é uma parte do continente, uma parte da terra;
se um torrão é arrastado para o mar,
a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório,
como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria;
a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do género humano.
E por isso não perguntes por quem os sinos dobram;
eles dobram por ti”.

John Donne (1572-1631)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Consonância cognitiva?

"As pessoas preferem acreditar no que preferem que seja verdade."
Francis Bacon (Filósofo, 1561-1626)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

iPress?

A edição russa de Dezembro da revista Vogue traz um anúncio, em vídeo, da Martini.

O filme, protagonizado pela actriz italiana Monica Bellucci, começa assim que a página anterior é virada.

A tecnologia usada é conhecida por "video in print" e foi desenvolvida pela empresa norte americana Americhip. O dispositivo é constituído por um ecrã plano de cristais líquidos e um altifalante em miniatura. Foi usado, pela primeira vez, em 2009, na revista Entertainment Weekly.

Foi você que pediu um soco na cara?

Já ouvi diversas vezes a expressão de que um bom headline é como um soco. Bernie Ecclestone, o patrão da Fórmula 1, pegou numa série de socos (que apanhou) e transformou-os num anúncio.

A história é a seguinte: no passado dia 25, Bernie Ecclestone passeava em Londres com a sua noiva, quando foram atacados por quatro homens que lhe bateram até ficar inconsciente e roubaram, entre outras coisas, o relógio da marca Hublot que usava. O espancamento não resultou em feridas graves para Bernie Ecclestone, mas a sua cara ficou bastante deformada.

Após o incidente, Bernie Ecclestone resolveu contactar a Hublot (patrocinadora da Fórmula 1) e sugerir-lhes que aproveitassem a situação «para fazer algo diferente».
A marca aceitou o desafio e o novo anúncio da Hublot revela os efeitos do assalto na cara de Bernie Ecclestone, acompanhado da frase: "See what people will do for a Hublot".



PS - A fotografia é real e não sofreu alterações.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Quem deseja sobreviver?

"Friendship is unnecessary, like philosophy, like art... It has no survival value; rather is one of those things that give value to survival."
C. S. Lewis

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Comprar é racional?

"As pessoas não compram porque percebem. As pessoas compram porque são percebidas".
Tan Suee Chieh

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Por que estamos em crise?

Actualmente, a banca consegue crédito do Banco Central Europeu à taxa de 1%, investindo depois esse dinheiro em dívida pública, que está nos valores de que tanto se fala.
Conclusão: este ano, só com este negócio, e de acordo com informações divulgadas pelo "CM", a banca portuguesa já ganhou mais de 150 milhões de euros.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/divida-da-milhoes-de-lucro-a-banca

domingo, 28 de novembro de 2010

Ricos ou endinheirados?

A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos.
Mas ricos sem riqueza.
Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados.
Rico é quem possui meios de produção.
Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.
Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. ou que pensa que tem.
Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.
A verdade é esta: são demasiados pobres os nossos "ricos".
Aquilo que têm, não detêm.
Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros.
É produto de roubo e de negociatas.
Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram.
Vivem na obsessão de poderem ser roubados.
Necessitavam de forças policiais à altura.
Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia.
Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade.
Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem.

Mia Couto in "Savana"

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Conectados ou desconectados?



Nota: A DTAC é uma das maiores empresas de telecomunicações da Tailândia.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Afinal quem manda aqui?

Goste-se ou não, Miguel Sousa Tavares assina no "Expresso" uma crónica bem esclarecedora dos males que nos têm atormentado nos últimos tempos.

Tal como todas as pessoas que têm o estranho hábito de fazer perguntas, Miguel Sousa Tavares olhou para países como a Irlanda, Grécia e Portugal e viu um quotidiano não muito diferente do que era há alguns anos atrás (as crianças vão à escola, os pais vão trabalhar, as lojas estão abertas, etc.). No entanto, as instituições financeiras, do alto da sua sabedoria, dizem-nos que a normalidade é apenas aparente: estamos todos à beira do precipício.

Curioso se pensarmos que na origem do precipício estão investimentos - no mínimo arriscados - dessas mesmas instituições financeiras. Que, diga-se, têm todo o direito de os fazer. Tal como nós. A diferença é que, quando nós quando investimos mal o nosso dinheiro, temos que sofrer as consequências. Já os bancos, quando fazem disparates e perdem o dinheiro que investiram, não ficam sem ele. Ao que parece, arranjam umas quantas crises financeiras, os juros sobem e todo o seu dinheiro volta a ser reposto.

E para não se dar o caso de começarmos a pensar coisas estranhas, o senhor governador do Banco de Portugal e o senhor Presidente da República já vieram dizer que hostilizar as instituições financeiras que determinam a "saúde" de cada um dos mercados não é o caminho!

Enfim, como lembra Miguel Sousa Tavares, os senhores do mundo não são Obama, Hu Jintao, Merkel ou Sarkozy. «Os senhores do mundo são uns cavalheiros que se reúnem uma vez por ano em Davos e aí, entre si, estabelecem as regras do jogo».

Até ao dia em que alguém virar o tabuleiro e disser "game over".

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quanto vale um sorriso?

A Brastemp, marca de electrodomésticos brasileira, realizou, com a colaboração de 11 estações de rádio de São Paulo, uma acção inspiradora.
O resultado está no vídeo que se segue.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

De volta à origem?

A empresa John Doe criou o que denomina de "o telemóvel mais simples do mundo": o "John’s Phone". Tem teclas grandes, uma bateria com autonomia para três semanas e os grandes extras são uma agenda telefónica em papel e uma caneta.

Ou seja, o "John’s Phone" é um telemóvel que serve para... como dizer... telefonar.

Vejam aqui:

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O que fazer em momentos de crise?

Um dia, durante uma expedição em África, um dos cães começa a correr atrás de uma borboleta e, quando dá conta, já está muito longe do grupo do safari.
Nisso vê que, já muito perto, vem um leopardo na sua direcção. Ao perceber que iria ser devorado, começa a morder uns ossos de um animal morto que estavam perto e, quando o leopardo está pronto a atacá-lo, diz:
- Que delícia estava este leopardo!
O leopardo pára bruscamente e foge apavorado, pensando: "Que cão valente! Por pouco não me comia também!"
Um macaco que estava numa árvore perto - e que havia visto a cena – vai ter com o leopardo para lhe contar tudo.
Só que o cão percebe a manobra do macaco.
Entretanto o macaco alcança o leopardo e conta-lhe o que se tinha passado. Furioso, o leopardo diz:
- Cão maldito! Agora vamos ver quem come a quem!
Quando cão os vê, percebe que leopardo vem atrás dele de novo e, desta vez, traz o macaco às costas.
"Macaco desgraçado! O que faço agora?"- pensa.
Então, em vez de fugir, o cão vira-se de costas e, quando o leopardo está a pronto para atacá-lo, diz:
- Maldito macaco preguiçoso! Já passou meia hora desde que o mandei trazer-me outro leopardo e ele ainda não voltou!

"Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante que o conhecimento."
Albert Einstein

sábado, 6 de novembro de 2010

Sinais dos tempos?

O presidente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, declarou esta semana que «o modelo de crescimento que co-existiu com a globalização é insustentável. O crescimento foi demasiado puxado pela dívida em alguns países e a ilusão de estabilidade ficou para sempre morta com a actual crise financeira».

Creio que ver o presidente do Fundo Monetário Internacional (atente-se bem no nome e função da instituição) dizer que «o velho modelo está morto» e que «crescimento económico não é suficiente, precisamos de crescimento com criação de emprego» é, sem dúvida, um dos sinais mais claros de que atravessamos uma época de grandes mudanças e até - espero - que podemos estar a aprender algo com esta crise.

O problema é quando olhamos para o lado e vemos os grandes beneficiados do «velho modelo» a continuar a acumular lucros astronómicos e, mesmo assim, a receber ajudas governamentais.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Há outros umbigos além do nosso?

"Somos sempre o outro de alguém".
R. Barucha

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Arroz ou flores?

Um homem estava a colocar flores no túmulo de um parente, quando vê um chinês a colocar um prato de arroz na lápide ao lado.

Não se conseguindo conter, vira-se para o chinês e pergunta:

- Desculpe, mas o senhor acha mesmo que o seu defunto virá comer o arroz?

O chinês responde:

- Sim. E geralmente à mesma hora que o seu vem cheirar as flores.

Respeitar as opções do outro é uma das maiores virtudes que um ser humano pode ter. As pessoas são diferentes, têm culturas diferentes, agem de maneira diferente e pensam de maneira diferente. Não julgue, compreenda.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

De quantas maneiras diferentes consegues dizer entalado?

Os esquimós - ao contrário de nós, por exemplo - possuem diversas palavras para "neve".

Basta pensar um pouco, para ver que não há nada estranho nisso; afinal, aquela é uma realidade muito presente e que tem que ser bem definida e distinguida.

Assim sendo, creio que, após a aprovação de mais um PEC, a nossa língua não tardará a ser enriquecida com mais uns quantos vocábulos para significar "entalados".

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

A verdade e só a verdade?

O anúncio criado pela W/Brasil, em 1987, para o jornal Folha de S.Paulo, vai voltar a ser exibido.
A prova de que a verdade, só a verdade e nada mais que a verdade... pode valer muito pouco.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Até quando?

"Portugal perde tempo à espera"
Título do "JN" em Dezembro de 2008

"Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar"
Jorge Palma

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Grande urso?

Veja o vídeo, faça a sua escolha, mas, mais importante, já no site do You Tube, siga as instruções do caçador. Mas siga mesmo! Ou seja, escreva no espaço em branco o que lhe vier à cabeça e clique no "play". E, sim, até pode escrever aquelas palavras...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Com que periodicidade?

"Igreja recomenda sete dias de sexo".
In "JN", Novembro de 2008. Escrito na fachada da Ermida da Nossa Senhora da Conceição, Belém.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ganhas ou perdes?

Um advogado vai caçar patos para o Alentejo.
Dá um tiro, acerta num pato, mas o bicho cai dentro da propriedade de
um lavrador.
Enquanto o advogado salta a vedação, o lavrador, já com uma certa idade, chega no seu tractor e pergunta-lhe o que está ele a fazer.

- Acabei de matar um pato, mas ele caiu na sua terra, e agora vou buscá-lo.
- Esta propriedade é privada, por isso não pode entrar, lembra o lavrador.
- E eu sou um dos melhores advogados de Portugal! Se não me deixa ir buscar o pato eu processo-o e fico-lhe com tudo o que tem!

O lavrador então sorri e diz:
- O senhor não sabe como é que funcionam as coisas no Alentejo. Nós aqui temos o Código Napoleónico! Resolvemos estas pequenas zangas com a Regra Alentejana dos Três Pontapés. Primeiro eu dou-lhe três pontapés, depois você dá-me três pontapés e assim consecutivamente até um de nós desistir.
O advogado olha para o velho e pensa como será fácil dar-lhe uma carga de porrada.
Por isso, aceita resolver as coisas segundo o costume local.

O lavrador, muito lentamente, sai do tractor e caminha até perto do advogado.
O primeiro pontapé, dado com uma galocha bem pesada, acerta
directamente nas bolas do advogado, que cai de joelhos e vomita.
O segundo pontapé quase arranca o nariz do advogado.
Quando o advogado cai de cara no chão, com as dores, o lavrador aponta o
terceiro pontapé aos rins, o que faz com que o outro quase desista.
Contudo, o coração negro e vingativo do advogado fala mais forte.
Ele não desiste, levanta-se, todo ensanguentado, e diz:
- Bora, velhote! Agora é a minha vez!
O lavrador sorri e responde:
- Deixe estar, eu desisto! Leve lá o pato!

domingo, 8 de agosto de 2010

“E o burro sou eu?”

Um dia um burro caiu num poço de onde não conseguia sair. O animal chorou fortemente durante horas, enquanto o seu dono pensava no que fazer. Finalmente, o camponês tomou uma decisão cruel: concluiu que já que o burro estava muito velho e que o poço estava mesmo seco, não valia a pena o esforço. Chamou então os vizinhos para o ajudarem a tapar o poço e, consequentemente, enterrar vivo o burro.

Cada um deles pegou uma pá e começou a atirar terra para dentro do poço. O burro percebeu o que estavam a fazer e zurrou desesperadamente. Até que, passado um momento, o burro pareceu ficar mais calmo. O camponês olhou para o fundo do poço e ficou surpreendido. A cada pá de terra que caía sobre ele o burro sacudia-a, dando um passo sobre esta mesma terra que caía ao chão. Assim, em pouco tempo, todos viram como o burro conseguiu chegar até ao topo do poço, passar por cima da borda e sair dali.

Na vida, muitas vezes vão atirar-nos terra para cima, apenas porque é mais fácil. E irão fazê-lo frequentemente quando estivermos dentro de um poço. Nestes casos, o ideal é conseguirmos fazer como o burro e usar a terra que nos atiram para subir.

E já agora, quando estivermos no cimo do poço, acho que é de fazer algo que o burro se esqueceu: dar um coice valente nos tipos das pás!

Nota: A pergunta que titula este post tem como base uma expressão usada por Luís Filipe Scolari, ex-seleccionador de Portugal.

sábado, 7 de agosto de 2010

Quem atira a primeira pedra?

Viral criado pela agência Dainet contra a condenação à morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Ashtiani, acusada de adultério.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A água acalma?

A artista de cabaret Dita Von Teese foi convidada pela Perrier para protagonizar a nova campanha. O resultado foi este:

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Susto real?

A Advertising Standards Authority mandou retirar do metro a campanha publicitária ao London Dungeon (uma espécie de casa dos horrores londrina), após receber quatro queixas de que as imagens eram assustadoras para as crianças.

No anúncio (ver mais abaixo), aparecia uma imagem da rainha Maria I de Inglaterra, que poucos segundos depois se transformava num zombie.

Parece-me que além de ser algo precipitado tomar decisões destas com base nuns esmagadores 4 (quatro!) casos, podemos estar, claramente, a tapar o sol com a peneira e a adiar um ensinamento importante para as crianças: todo o político é um zombie em potencial. E o grande problema é que a alimentação dele somos nós!

Nota: Relembre-se que a rainha Maria I passou à história com o cognome de "Bloody Mary", devido a ter perseguido e morto centenas de protestantes, na tentativa de restabelecer o catolicismo como religião oficial.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Pragmática ou desbocada?

"No outro dia, o meu namorado disse que gostava mais do Mundial que de mim. Mas eu sei que não é verdade. O Mundial não faz sexo oral."
Katy Perry (cantora)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Qualquer caminho serve?

A morte de um jornal não será nunca uma boa notícia - mesmo que não gostemos dele - pela simples e complexa razão de que é a morte de um ponto de vista. Ao que parece, o "24 horas" já tem destino marcado e esta será a sua última semana.

Para lá das apreciações que se podem fazer sobre a validade um conceito como o que levou ao aparecimento deste jornal, há pelo menos um lição importante a retirar deste desfecho. O "24 horas", parece-me, assinou a sua própria sentença de morte ao decidir um caminho "nim": nem era jornal, nem era revista; nem era tablóide, nem era publicação cor-de-rosa.

Ou seja, estamos perante mais uma prova de que a pior estratégia é não ter estratégia. Já dizia o coelho à Alice: se não sabes para onde vais, qualquer caminho serve.

Confesso que, pessoalmente, me deixa algo triste saber que não vou poder ver mais capas como a que publico agora. Afinal, quem é que irá informar a população portuguesa de coisas tão importantes como o estado da próstata do pai do Rui Costa?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cerveja funcional ou monumental bebedeira?

Umas das grandes tendências actuais é a proliferação dos chamados nutracêuticos ou alimentos funcionais. Produtos que, como o nome deixa adivinhar, são alimentos com características quase medicamentosas. É o caso das margarinas que combatem o colesterol ou dos iogurtes que resolvem os problemas da prisão de ventre.

Na minha humilde opinião, acho que acabou de ser criado o nutracêutico que maior potencial de sucesso tem: cerveja que faz crescer os seios!

Segundo informações divulgadas pelo “Expresso”, que cita o "Austrian Times", a cerveja búlgara Bohza ajuda a aumentar o volume dos seios.
A cerveja, composta por farinha de trigo e levedura fermentada, foi produzida com o objectivo de ajudar as mulheres que tivessem dificuldades em amamentar os filhos, sobretudo por terem um peito demasiado pequeno, e a empresa diz ter já recebido inúmeros testemunhos de mulheres que garantem que o produto funciona.

Creio que é preciso avaliar apenas duas coisas: se as mulheres que relataram os casos estavam sóbrias e qual o grau de felicidade dos bebés amamentados por estas mães.
Quantos aos homens, creio que, na generalidade, este será um dos seus produtos de eleição, dado que junta mamas e cerveja. Acho que só falta mesmo o futebol...

domingo, 13 de junho de 2010

Quantos olhos brilham ao teu lado?



Vinte minutos que podem mudar a nossa vida. Mas é preciso saber ver.

PS - É possível escolher legendas em português.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Para que serve o Parlamento?

A sabedoria popular diz que o Parlamento só serve para nos lixar (com F grande). Pelos vistos, serve mesmo para isso. Ora veja-se este post do Daniel Oliveira.

"Abaixo os organismos de cúpula, vivam os orgasmos de cópula*
Por Daniel Oliveira

Um episódio está a aquecer o Parlamento. Nada tem a ver com os deputados. A semana passada um colaborador do grupo parlamentar do PSD foi apanhado em flagrante delito, às sete da manhã, em pleno acto com uma amiga que não trabalha na Assembleia. A coisa pode parecer apenas interessante contada assim. Mas é muito mais do que isso. O acto aconteceu na sala do plenário. Infelizmente, a interrupção não terá permitido ao arrojado casal levar a fantasia até ao fim. Há sempre um empata.
Antes que a coisa saia na imprensa e comecem as condenações morais, quero deixar clara a minha admiração pelos pecadores. Porque respeito quem faz tudo para cumprir uma fantasia. Porque deram um contributo para a dessacralização do poder, aproximando assim aquele órgão de soberania das verdadeiras preocupações dos cidadãos. E porque, por uma vez, aconteceu qualquer coisa realmente interessante naquela sala (infelizmente não consegui saber qual foi a bancada escolhida). Só lamento que, como de costume, quando realmente alguma coisa de construtiva começa ali a ser feita, seja deixada a meio. O meu abraço aos dois. Próxima aventura: Palácio de Belém?

*conhecida frase anarquista que enfeitou uma rua de Lisboa"

sexta-feira, 21 de maio de 2010

terça-feira, 18 de maio de 2010

Onde rezas hoje?

Lipovetsky alerta inúmeras vezes. E um graffiter português partilha da mesma ideia (ver foto). Estamos a endeusar o consumo e a esperar dele toda a felicidade possível no mundo.

E atenção que eu não partilho das visões negras do conceito de mercado livre. Acho fundamental que exista, porque só não existe onde não há liberdade de escolha!

Mas a verdade é que se vê uma lógica quase religiosa no consumismo pós-moderno.
A mensagem que se segue lia num daqueles inúmeros e-mails que recebemos e cuja autoria se perdeu algures no caminho. Mas ficou o essencial.

Na Idade Média, as cidades adquiriam estatuto construindo uma catedral; hoje constrói-se um centro comercial. E até se podem apontar algumas semelhanças: não se pode entrar num centro comercial vestido de qualquer maneira e lá dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua ou lixo nas calçadas... Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objectos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar, sente-se no reino dos céus; se precisa de crédito, sente-se no Purgatório; se não pode comprar, certamente vai sentir-se no Inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com a mesma bebida e o mesmo hambúrguer...
Sócrates, o filósofo grego, também gostava de percorrer o centro comercial de Atenas. Quando os vendedores o assediavam, ele respondia: "Estou apenas a ver quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!".

quarta-feira, 12 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Acreditas?

"Existe um velho provérbio húngaro que diz que na cova do lobo não há ateus, por isso julgo que não existe quem não acredite.
O nada não existe na física ou na biologia e quando se lêem os grandes físicos entende-se como eram homens profundamente crentes, que chegaram a Deus através da física e da matemática e que falavam de Deus de uma maneira fascinante.(...)
É um bocado como diz Einstein, quando afirma que Deus não joga aos dados."

António Lobo Antunes

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Quem avalia quem?

O dono de um talho foi surpreendido pela entrada de um cão dentro da loja.
Enxota-o, mas o cão volta a entrar. Volta a enxotá-lo e repara então que o cão traz um bilhete na boca.
Apanha o bilhete e lê: “Envia-me 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor?”
Vê também que o cão tem na boca uma nota de 50 euros. Avia o cão e põe-lhe o saco de compras na boca.
Impressionado e, como estava para fechar, resolve seguir o cão.

O cão desce a rua, chega aos semáforos e, com um salto, carrega no botão para ligar o sinal verde. Aguarda a mudança de cor do sinal, atravessa a estrada e segue rua abaixo.
O talhante estava perplexo!
O talhante e o cão caminham pela rua, quando o cão pára à porta de uma casa e põe as compras no passeio. Vira-se um pouco, corre e atira-se contra a porta. Repete o acto, mas ninguém lhe abre a porta.
Contorna a casa, salta um muro e, numa janela, começa a bater com a cabeça no vidro várias vezes, retornando para a porta.
De repente, aparece um tipo enorme a abrir a porta e começa a bater no cão.

O talhante corre até ao homem, tenta-o impedir de bater mais no cão e diz-lhe bastante indignado: «Ó homem, o que é que está a fazer? O seu cão é um génio!».
O homem responde: «Um génio? Já é a segunda vez esta semana que este estúpido se esquece da chave!».

Moral da história: Podes continuar a exceder as expectativas, mas a tua avaliação depende sempre da competência de quem avalia.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Parabéns?

Gosto de acordar e receber os parabéns da pessoa mais importante do mundo. Gosto de receber um abraço especial dos meus terroristas e perceber que sou abençoado. Gosto de saber que há alguém para quem serei sempre um menino. Gosto de ser chamado de maninho, mesmo tendo estes anos todos. Gosto de receber telefonemas de amigos de longa data a chamarem-me velho. Gosto que de ser chamado de chefe por alguém que não trabalha comigo há muitos anos. Gosto de receber parabéns poucos segundos depois da meia-noite. Gosto de ter uma lata de Coca-Cola em cima da secretária com um papel a dizer parabéns.
Gosto de saber que há quem goste de mim para lá de tudo o que é racional.
Obrigado.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Indiferente ou apaixonado?

Louann Brizendine, psiquiatra da Universidade da Califórnia, lançou um livro que analisa as diferenças entre o cérebro masculino e feminino e apresenta conclusões bastante interessantes, como o facto de uma mulher grávida emitir ferormonas que baixam os níveis de testosterona do parceiro (reduzindo a sua apetência para o acasalamento) e estimulam a produção de prolactina, que provoca uma maior vontade e capacidade deste para a ajudar – os homens passam, por exemplo, a ouvir melhor uma criança a chorar.

Parece-me, no entanto, ser de destacar o facto de a investigadora afirmar que os homens usam a estrutura analítica do cérebro para resolver um problema, enquanto as mulheres usam a emocional.

Assim, diz Louann, quando a mulher conta um problema que tem a um homem, ele começa imediatamente a pensar em como resolvê-lo em vez de a continuar a ouvir ou de dar a resposta emocional que ela acharia normal; por exemplo, abraçando-a.

Deste modo, ela fica com a impressão que ele é um insensível, quando, na verdade, o homem está é a pensar em resolver a situação. Ou seja, fica distante não porque não se quer chatear, «mas porque a ama verdadeiramente».

quinta-feira, 8 de abril de 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

As agências de publicidade vão acabar?


Nota: Filme produzido pela Saatchi&Saatchi Canada para o FITC 2010 (Design & Technology Festival).

sexta-feira, 26 de março de 2010

Público ou privado?

As empresas estão a usar cada vez mais as redes sociais para avaliar os candidatos.

O jornal “i” relata, como exemplo, o caso de uma empresa norte-americana que, ao consultar o Facebook para saber mais sobre um candidato que parecia promissor, descobriu que o jovem descrevia os seus maiores interesses como sendo "fumar ganzas", "disparar sobre pessoas" e "sexo obsessivo". O resultado foi óbvio: currículo para o lixo…

Os dados apresentados são reveladores da falta de consciência dos utilizadores para esta realidade: 70% dos directores de recursos humanos norte-americanos e metade dos directores europeus admitem rejeitar candidatos com base nos perfis do Facebook, mas apenas 7% dos utilizadores norte-americanos e 13% dos europeus disseram acreditar que as suas informações nas redes sociais poderiam ter impacto junto do empregador.

Parece que muita gente se esquece que as redes sociais são os novos espaços públicos e acabam por colocar lá coisas que se deviam manter privadas.

O apoio dos adeptos pode influenciar o resultado do jogo?

terça-feira, 23 de março de 2010

Com porteiro e consumo mínimo?

Ao que parece, aplicar cristais na vagina é a nova moda. Até já tem nome e tudo: vajazzling.

Eu acho que cada um pode colocar o que quiser onde quiser, desde que não incomode os outros (o que, convenhamos, neste caso, é duvidoso).

O que me surpreende mesmo são as declarações da actriz Jennifer Love Hewitt, que descreve o efeito final como «uma bola-de-espelhos numa discoteca».

segunda-feira, 22 de março de 2010

Queres mesmo estar à escuta?

Microfone escondido
Leonor achou a ideia péssima, mas Ataíde insistiu: botar um microfone escondido no elevador do prédio seria muito divertido. Não queria ouvir o que os vizinhos diziam, subindo ou descendo pelo elevador. Os vizinhos não interessavam. Divertido mesmo seria ouvir o que os amigos do casal diziam, chegando ou saindo do apartamento.
- Vai dar galho, Ataíde...
- Vai nada.
E Ataíde instalou um microfone no elevador.
O primeiro teste foi quando convidaram o Júlio e a Rosa para jantar.
Ataíde ouviu Júlio dizer para Rosa dentro do elevador, na subida:
- Às onze horas a gente dá o fora.
- Acho que às onze ainda não serviram o jantar. Se eu conheço a Leonor...
- Não importa. Às onze nos mandamos. Amanhã eu tenho academia.
E Ataíde ouviu Júlio dizer para Rosa dentro do elevador, na descida:
- Saco, Rosa. Uma hora da manhã. Não viu eu fazer sinais prà gente ir embora?
- Aquilo era um sinal? Pensei que você estivesse limpando o ouvido.
Outro jantar. Aniversário do Ataíde. Os dois últimos casais saem juntos. Ataíde corre para ouvir o que vão dizer no elevador.
- O Ataíde está meio acabadão, tá não?
- Acho não. Prà idade dele...
- Também, ter de aguentar a Leonor...
No apartamento, Leonor se revolta:
- Quem disse isso? De quem é a voz?
- Parece a da Soninha - diz Ataíde.
- Cachorra!
Outro jantar. Ligam da portaria para anunciar que o Sr. Marcos e a Dona Lia estão subindo. No elevador, Lia diz:
- Se a Leonor servir salmão outra vez, eu me mato.
Depois, Lia não entende a frieza da Leonor com ela durante todo o jantar. Não sabe que Leonor teve de suspender o salmão que serviria. Que substituiu o salmão por um resto de pernil que, graças a Deus, ainda tinha na geladeira.
Descendo no elevador, Lia comenta com Marcos:
- A Leonor enlouqueceu. Você viu? Serviu pernil com molho remolado pra peixe.
Leonor anuncia que nunca mais convidará Lia para nada. Depois de um jantar para os amigos que ainda restavam, os melhores amigos do casal foram os últimos a sair. Marjori e Adão. Amigos chegadíssimos. Amigos de muito tempo. Depois das despedidas, depois de fechada a porta do elevador e de o elevador começar a descer com Marjori e Adão, Ataíde hesitou. Talvez fosse melhor não ouvir o que os amigos iam dizer a respeito deles e do jantar no elevador.
- Você acha? - perguntou Leonor.
- Melhor não. Você tinha razão. Não foi uma boa ideia botar esse microfone.
- Mas agora está posto. Vamos ouvir.
- Leonor... Nós vamos acabar brigando com todos os nossos amigos.
- Eu quero ouvir, Ataíde. Preciso ouvir o que a Marjori e o Adão estão dizendo!
O que ouviram foi o fim de uma frase dita pelo Adão:
- ...cada vez mais chato.
- Viu só, Ataíde? - disse Leonor. - É sobre você.
- Porquê eu? Tinha mais gente no jantar!
- Sei não... Sei não...
E nunca saberiam mesmo. No dia seguinte, Ataíde tirou o microfone escondido no elevador.

Luís Fernando Veríssimo, in “Expresso”, Julho 2009

quarta-feira, 17 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

Vai um abraço?



Nome: Abraça a vida.
Anunciante: Associação pelas Estradas Seguras de Sussex.
Realizador: Daniel Cox.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Por que é que nos pagam?

"A tecnologia moderna é capaz de realizar a produção sem emprego. O diabo é que a economia moderna não consegue inventar o consumo sem salário."
Herbert José de Souza

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Quem canta seus males espanta?

O professor de Neurologia de Harvard, Gottfried Schlaug, defende que ensinar as vítimas de ataques cerebrais a cantar ajuda-as a recuperar a fala.

Ao que parece, esta terapia permite reactivar o cérebro. Ou seja, se o centro da fala ficar danificado devido a um acidente cerebral, o doente pode aprender a usar o centro do canto, substituindo um pelo outro.

Gottfried Schlaug refere o caso de um doente que não conseguia formar nenhuma palavra inteligível e que, numa única sessão terapêutica, aprendeu a dizer «tenho sede» através da combinação de cada sílaba com a nota de uma melodia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sexo oral provoca cancro?

A campanha lançada, em França, pela associação Direitos dos Não Fumadores (DNF) está a causar polémica.

Com a assinatura “Fumar é ser escravo do tabaco”, a campanha mostra a imagem de jovens a simular sexo oral forçado, com um cigarro na boca e com a mão de um adulto na cabeça.
As imagens foram criticadas por associações ligadas à defesa da família e organizações feministas, que consideram ridículo e escandaloso vincular o tabaco ao sexo.

Marco de la Fuente, vice-presidente da agência BDDP, responsável pela execução da campanha, afirma que «com o cigarro, somos submetidos à pior das submissões, à pior das escravidões» e que apenas procuraram «a imagem chocante mais emblemática».

Eu cá assino por baixo das palavras de Antoinette Fouque, uma das fundadoras do Movimento para a Libertação da Mulher: «Que eu saiba, praticar sexo oral não provoca cancro».

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Novos velhos do Restelo?

"Os tremendistas sempre pegaram bem. E agora dão cartas no país. Perdidos e sem grandes exemplos a seguir, os portugueses viram-se para os homens que lhes anunciam a hecatombe e que disparam para todos os lados sem qualquer critério.

No estilo erudito, Vasco Pulido Valente. A cobrar à bandeirada, Medina Carreira.

Os apóstolos do Apocalipse têm colunas nos jornais e programas televisivos em plano inclinado. Trazem-nos a boa nova: o mundo está a acabar e Portugal já acabou. Não há nada a fazer. Ninguém presta. Os portugueses não trabalham, os políticos não valem nada e, tirando eles próprios - todos portugueses e alguns deles ex-governantes -, apenas há gente incapaz e incompetente. Quem os ouve e lê pensa sempre que é de outros que eles estão a falar. Não, caro leitor, é a si que eles se referem".

Daniel Oliveira in "Expresso"

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

A liberdade está a passar por aqui?

«A diferença é que, hoje, eu, como qualquer um, digo o que penso, mas não posso impedir que escutem as minhas conversas ao telefone ou num restaurante e que depois elas sejam plasmadas num jornal, para que o pagode se regale. É isso, antes de tudo o resto, que me preocupa.

E, preto no branco: no lugar do director do "JN", José Leite Pereira, eu também não teria consentido a publicação da crónica de Mário Crespo. Porque não aceito, como regra deontológica do jornalismo, a publicação de notícias fundadas numa fonte anónima que escutou conversas privadas, mesmo em local público. E porque também não o aceito como regra de educação. Nunca o fiz e nunca o farei - e também o poderia fazer abundantemente.

E sinto asco quando vejo o director do "Sol" vir agora revelar o suposto teor de uma conversa com Sócrates, num almoço em que foi como convidado a S. Bento e onde o PM lhe teria feito confidências gravíssimas. Com gente desta não quero almoçar. (Não deixo, aliás, de achar extraordinário que o mesmo "Sol" ande aí a gritar aos quatro ventos que o Governo português quis comprar a sua liberdade, aproveitando as dificuldades financeiras do jornal, quando, tanto quanto sei, eles se abriram, directa ou indirectamente, aos dinheiros do mais corrupto Governo do planeta).»


Miguel Sousa Tavares in "Expresso"

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Enamorados pelo futebol?

É Dia dos Namorados, mas, em Itália e no Reino Unido, há jogos importantes para o campeonato. Como explicar esta difícil situação às namoradas?
A Puma resolveu dar uma ajuda, através da campanha "HardChorus", colocando membros da claques a cantar.
Aqui podem ver a serenata italiana, mas também há uma versão com os adeptos do Tottenhamm.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Cogito ergo sum?

"Se existo é porque me amam."
Num texto do Mestre

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

De certeza?

"Agrada-me mais a dúvida que o saber."
Dante

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A grande lição?

"Não ensino nada aos meus alunos; tento apenas criar as condições necessárias para que eles possam aprender."
Albert Einstein

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Qual é a maior empresa do mundo?

"A ignorância é a maior multinacional do mundo."
Paulo Francis

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Axioma de Pitágoras?

"Educai as crianças e não será preciso castigar os Homens."
Pitágoras

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O verdadeiro herói?

«Não fez derramar lágrimas como os heróis e conquistadores - estancou-as.»
Francisco Moita Flores in "A Fúria das Vinhas"

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Excesso de sexo ou referência inesperada?


A PETA escolheu uma senhora chamada Sasha Grey para o seu novo anúncio.

A campanha chama a atenção para a necessidade de castração ou esterilização dos animais domésticos, com o sugestivo título de "Too much sex can be a bad thing".

Ou seja, temos uma actriz porno, semi-nua, a dizer que muito sexo pode ser mau. Parece-me um exemplo da técnica criativa que Henry Joannis chama "referência inesperada"...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Cavalgada das Valquírias?

O “The Sun" considerou o anúncio (da empresa dinamarquesa de supermercados Fleggaard) um dos mais sexy de sempre. Por muito interessante que seja ver dezenas de mulheres bonitas a despirem-se ao som de Wagner, a mim parece-me uma escolha que tem tudo a ver com o jornal: um tablóide, na pior acepção da palavra.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

sábado, 16 de janeiro de 2010

Campanha da década?

Foi considerada, pelo "Meios&Publicidade", uma das campanhas da década.

A verdade é que - apesar do penteado do ex-treinador do Sporting - foi uma das primeiras campanhas realmente interactivas. Colocava-se o nome e número de telefone e recebia-se uma chamada do Paulo Bento.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

És estúpido ou quê?


Woody Allen dizia a Diane Keaton, no filme Manhattan: «Conheces muitos génios. Devias andar com gente estúpida para aprender alguma coisa».
A mais recente campanha da Diesel apela os consumidores para serem “estúpidos”.
Abaixo encontra um excerto do manifesto, que já anda a circular. Mais que uma campanha, parece-me uma lição de vida. Mas se calhar sou estúpido...

Manifesto Diesel

(...)"Os estúpidos são os únicos que carregam o rótulo de interessante.
Estúpida é a procura incessante de uma vida sem remorsos.
Os espertos podem ter cérebro... mas os estúpidos têm a coragem.
Os espertos podem ter os planos... mas os estúpidos têm as histórias.
Os espertos podem ter a autoridade... mas os estúpidos têm uma ressaca gigante para curtir.
Não é esperteza tomar riscos. É estúpido.
Um esperto teve uma boa ideia... e essa ideia era estúpida.
Ser estúpido é ser corajoso. Quando arriscamos algo, é estúpido.
Os estúpidos não têm medo de arriscar. Porquê? Porque são estúpidos.
Nós achamos que provavelmente também és bastante estúpido.
Os espertos criticam, os estúpidos criam. Os estúpidos são os que ignoram a multidão... dos «não posso», «não devo», «não sei» e são os que se saem com qualquer coisa sagrada e completamente genuína. Talvez uma forma genuína de falhar, mas pelo menos é alguma coisa.
Os estúpidos são os únicos com coragem suficiente para fazer o que alguém no seu perfeito juízo nunca o faria.
Porque os estúpidos sabem que há coisas piores do que falhar... como por exemplo nem sequer tentar.
Os estúpidos, são tudo o que temos.
O facto é, se não tivéssemos estes pensamentos estúpidos, não teríamos de todo coisas interessantes para pensar.
Seja estúpido."

Singing in the rain?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Esta juventude está perdida?

Um texto de Daniel Oliveira, já com algum tempo, mas a não esquecer.

Numa manifestação de estudantes, um jovem de 13 anos, inspirando-se no ‘Gato Fedorento’, empunhava um cartaz: “queremos tipo coisas fixes”. A auto-ironia, sinal de inteligência apurada, é uma excelente resposta a um país deprimido com os seus jovens, submerso em reportagens e textos de auto-ajuda, colunistas do Apocalipse e telepsicanilistas. Os jovens hoje são ignorantes, escrevem com abreviaturas e não se movem, como no passado, por grandes causas. É o que se diz no intervalo de cada novela. E, no entanto, se olharmos com atenção, querem o mesmo que queriam os seus pais: coisas fixes.

Toda a gente vive angustiada com esta juventude sem rumo. Os pais não têm tempo para os filhos. Como se antes passassem horas de brincadeira, aventura e descoberta com eles. Os filhos levam uns sopapos na escola, a que se deu o pomposo nome de “bullying”. Como se antes reinasse a paz e a harmonia entre os colegas. Os adolescentes apanham grandes bebedeiras de noite. Como se antes bebessem Caprissumo. E os jovens querem “tipo coisas fixes”, como se antes quisessem disciplina ou procurassem as causas das suas vidas. A escola portuguesa é medíocre. Como se antes fosse um espaço de excelência onde pululavam mestres inesquecíveis.

Para percebermos os adolescentes, não precisamos de muito. Basta recordar a nossa adolescência e acrescentar-lhe quatro coisas: computador em casa, escolas com gente de todas as classes, a certeza de que no futuro nada está seguro e pais angustiados com medo de falhar. É tudo tão simples como sempre foi, tão doloroso como a adolescência sempre foi: querem coisas fixes e as coisas fixes não acontecem

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A herança de Salazar?

O carácter mole da ditadura portuguesa anestesiou-nos. Nunca cultivámos o hábito arriscado de pensar. Temos medo do erro, da diferença, da vertigem, da troça.(...) Aqui neste Portugalinho, se alguém tiver uma ideia, é melhor fazer com ela um poema. Ninguém percebe e toda a gente gosta muito."
Inês Pedrosa