quinta-feira, 30 de julho de 2009

Faltam condições de trabalho?

Assaltante é preso ao apresentar queixa pelo roubo da mota usada no crime

Um dos dois suspeitos do assalto, ontem ao fim da tarde, a uma ourivesaria na Rua da Madalena foi capturado pela PSP à noite, quando efectuava uma queixa de roubo da mota que tinham usado para fugir.
Fonte da PSP adiantou hoje que o suspeito, de 25 anos e já referenciado após o assalto, foi detido cerca das 22:00 quando se deslocou à esquadra das Olaias, em Lisboa, para apresentar queixa do roubo do motociclo, que era sua propriedade. (…)
O detido, com antecedentes criminais pelo mesmo tipo de crime, foi hoje ouvido em interrogatório judicial, não sendo ainda conhecidas as medidas de coacção que lhe foram aplicadas.
A polícia prossegue agora as investigações para identificar e deter o segundo suspeito.

In Expresso

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Quem quer ser amado por todos?

“Pergunto-me se a unanimidade respeitosa não fará parte das doenças da velhice, a mais grave de todas. Se alguém diz mal de mim, alegra-me: ainda não apodreci, que bom.”
António Lobo Antunes

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Mentira inocente?

(…) Não faz mal nenhum que uma criança minta, aliás é absolutamente irrelevante e não quer dizer nada sobre o seu carácter. Uma criança mentir não prenuncia que o menino vai ser administrador do BPN ou que vai gerir um produto financeiro tóxico quando for grande.
Nada disso: mentir é uma atitude perfeitamente infantil que só deve ser permitida a menores de seis anos. A regra devia ser: quem tem idade para ir ao cinema já não pode mentir.
Há duas maneiras de lidar com a mentira de um filho. Uma é engoli-la: «Ah? foi um monstro verde que comeu o chocolate. Malandro do monstro! Já deve estar cheio de dores de barriga, o guloso. Ainda por cima o chocolate estava estragado»; a outra é evitá-la, não encurralando a criança. Agora levar a mentira a sério e desmontá-la é passar-lhe um atestado de maturidade, é elevá-la ao nível das comissões parlamentares de inquérito, por exemplo. Encarar com seriedade a mentira de uma criança é convidá-la a desenvolver a técnica da mentira: «Espera aí, se ela não engoliu a treta do monstro, vou dizer que foi a avó», e vão por aí fora. Até que um dia chegam a casa aos gritos: «Pai, pai: sou ministro».


Inês Teotónio Pereira in "i"

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A crise é uma flor?

Está provado que a memória histórica de um povo é muito limitada. Apenas a geração seguinte a um acontecimento marcante se lembra deste e dos seus efeitos e actua de acordo com isso.

Os psicólogos lembrarão que é um mecanismo de defesa, os economistas colocarão as mãos à cabeça ao pensar que pouco aprenderemos com a crise que estamos a passar, mas é mesmo assim. Como diz a sabedoria popular: a memória do povo é curta.

Aliás, só isso explica que se ache que a crise que estamos a atravessar é caso único na história da humanidade e poderá por em causa todo o sistema.

Na Holanda, entre Dezembro de 1636 e Fevereiro de 1637, transaccionaram-se somas inacreditáveis em troca de um direito sobre um bolbo de uma flor que nasceria dali a meses e que, ainda por cima, era bela porque carregava um vírus, o “mosaico”’, que lhe diminuía a durabilidade.

Algumas classes de bolbos eram transaccionadas por mais do que o preço de uma mansão luxuosa, como revela o manuscrito “The Tulip Book”, que inclui tamanhos e preços daquela época.

Para os profissionais da especulação este esquema rendia 350 a 500% em apenas 9 meses, enquanto o negócio das especiarias das Índias, com todos os riscos que comportava, não renderia mais de 400% em 2 anos.

As promissórias sobre alguns destes bolbos chegaram a vender-se e revender-se 10 vezes num só dia – um sistema de “alavancagem” inacreditável para a época, em que ainda não havia uma tecla de computador para dar uma ordem em menos de um segundo. Baptizaram este negócio muito apropriadamente de “comércio do vento”.

O estoiro aconteceria a 4 de Fevereiro de 1637 e a quebra de preços foi mais rápida e abrupta do que qualquer outro crash financeiro da história. A queda de preços entre Fevereiro e Maio de 1637 foi de 95 a 99%, incomparavelmente maior que a actual ou da famosa crise de 1929 (90% em quatro anos).

A grande diferença é que, nesta crise das túlipas, tudo decorreu como que numa redoma, pois as flores nunca chegaram a ser transaccionadas na bolsa de Amesterdão, não tendo contaminado o sistema financeiro formal.

Curiosamente a Holanda acabaria por desenvolver um nicho na floricultura e tornar-se-ia o pólo internacional desta cultura.

Fonte: Expresso

Bem-vindo?


Anúncio concebido pela Nike para celebrar a chegada a Madrid de Cristiano Ronaldo.


quarta-feira, 8 de julho de 2009

O que é um herói?

Um documentário canadiano, de 1966, sobre a pesca portuguesa do bacalhau. Verdadeiros heróis do mar.

Nota: Filme do site da família Patrício. Aqui: http://www.patricioclan.org/

terça-feira, 7 de julho de 2009

Ficas?

Conta-se que um turista americano foi à cidade do Cairo, no Egipto, com o objectivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples e cheio de livros.
- Onde estão os seus móveis?, perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa, perguntou também:
- E onde estão os seus?
- Os meus?!
- surpreendeu-se o turista - Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também - concluiu o sábio.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

De quem são os cornos?

Em todo o caricato episódio do ex-ministro Manuel Pinho, acho que há alguns factos que merecem claro destaque.

Em primeiro lugar, cornos e ciúmes parecem mesmo ser palavras próximas, pois PCP e Bloco de Esquerda envolveram-se numa disputa sobre quem era o responsável pela queda do ministro. Esclarecedoras as declarações de uma assessora do PCP, nos corredores do parlamento: «Os cornos eram para nós». Que sejam!

Alberto João Jardim achou que parecia uma coisa de meninos. Reparem bem, Alberto João Jardim – que é aquele senhor que passa metade do ano a dizer os mais variados disparates sobre tudo e todos, alguns deles desrespeitando por completo instituições nacionais – acha-se no direito de comentar o assunto…

Bernardino Soares mostrou-se chocadíssimo com o gesto do ex-ministro. O problema é que eu tenho memória e lembro-me deste senhor dar como exemplos a seguir Cuba e Coreia do Norte. Ou seja, países onde as pessoas são torturadas até à morte não o chocam, mas um gesto obsceno é inaceitável.

Já agora, eu, que sou bruto, acho que um homem que faz o que o ex-ministro fez revela que tem a capacidade de se emocionar e isso faz dele mais humano. Mesmo que esteja (e estava, obviamente) errado! Ou não é por isso que dizemos que “errar é humano”?