terça-feira, 31 de janeiro de 2012

sábado, 28 de janeiro de 2012

Animal racional?

Creio ser quase indiscutível que José Sócrates dificilmente será um primeiro-ministro que deixará saudades.
No entanto, não posso deixar de pensar numa coisa. José Sócrates cai porque estava a aplicar medidas de austeridade em cima de medidas de austeridade.

Mas agora repare-se numa coisa; desde que o actual Governo tomou posse, temos visto o quê? Medidas de austeridade que nem sonhávamos serem possíveis, com algumas delas a implicarem perdas de direitos que pareciam inalienáveis. No entanto, apesar de todo o aperto (ou será por causa dele?), Portugal não pára de atingir recordes que preferíamos não ter: os juros da dívida pública nunca estiveram tão altos e o risco de bancarrota bateu máximos históricos durante toda a semana, estando agora acima dos 70%.

Exercício teórico: como estaríamos a reagir se, perante esta situação, o primeiro-ministro se chamasse José Sócrates? Será que somos mesmo um animal racional? Ou estamos todos confiantes que o pastel de nata do ministro Álvaro salvará o país?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Grande pastel?

Ainda bem que fomos buscar este senhor ao estrangeiro! Se não fosse ele, nunca iríamos descobrir que o nosso futuro está no pastel de nata. Ufa, estamos safos da crise.

Ministro da Economia sugere franchising do pastel de nata
Ler mais:
http://aeiou.expresso.pt/ministro-da-economia-sugere-ifranchisingi-do-pastel-de-nata-video=f699173#ixzz1jHhcvrZ9

Para lá de muitas outras coisas, o ministro Álvaro Santos Pereira serve para mostrar como o ser humano reage muitas vezes a uma parvoíce com outra exactamente igual.
Todos sabemos que os portugueses têm tendência para sobrevalorizar os títulos; é o senhor doutor, o senhor eng.º, etc. De tanto se abusar da importância do título, criou-se um grupo que passou a achar que é in é não usar título nenhum. Quanto mais informal, melhor. Ou seja, passa-se de um absurdo em que bastava ter o título antes do nome para ser muito importante e inteligente, para o absurdo de que se fizer questão de não ter o título antes do nome é que se é importante e inteligente. O que o ministro que insiste que o tratem por Álvaro prova é aquilo que o senso comum já sabia: não é o título que faz a diferença; é a pessoa. Para o bem e para o mal.

Sorry Q.B.?

A marca O.B. criou um pedido de desculpas personalizável. Alguns nomes são inclusive introduzidos na canção, mas nem todos.
Experimentar aqui:

http://www.obtampons.ca/apology

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Fisco doce?


A verdade é que não só a JM não é a única empresa a fazer isto, como a decisão é perfeitamente compreensível. Como se sabe, eles estão prestes a fazer um investimento muito forte na Colômbia e o nosso sistema fiscal faria com que fossem tributados duas vezes. E repare-se que este investimento pode até ser algo muito interessante para as empresas portuguesas, pois, a "reboque" de uma implementação das lojas da JM na Colômbia, diversas marcas podem passar a vender lá os seus produtos. O problema, grave, é em termos de gestão da identidade da marca. O Pingo Doce faz, em muitas das suas campanhas, um discurso quase nacionalista. Que coerência terá agora este tipo de comunicação e que efeitos negativos gerará ver o Pingo Doce a apregoar o amor ao país e aos produtos nacionais?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Quem quer ser importante?

Surely you don't disbelieve the prophecies, because you had a hand in bringing them about yourself? You don't really suppose, do you, that all your adventures and escapes were managed by mere luck, just for your sole benefit?
You are a very fine person, Mr. Baggins, and I am very fond of you; but you are only quite a little fellow in a wide world after all!
Thank goodness! said Bilbo laughing, and handed him the tobacco-jar.

JRR Tolkien, in Hobbit