segunda-feira, 3 de outubro de 2011

As necessidades criam-se?

"Sim, eu vendo coisas às pessoas que elas não precisam. Não posso, no entanto, vender-lhes algo que elas não queiram. Mesmo com publicidade."
John O'Toole

7 comentários:

Azuremars disse...

Creio que esta frase não diz absolutamente nada sobre o assunto.

João Soares Barros disse...

Eu diria que, mesmo podendo (e devendo) discutir-se os conceitos associados, está lá o fulcral. Em termos de Publicidade, é impossível levar alguém a fazer algo para o qual ele não se encontre motivado. Mesmo que não haja consciência dessa motivação, ela tem que estar lá.
Abraço

Azuremars disse...

O meu ponto é que alguém querer o produto não implica que a necessidade desse produto não tenha sido criada.

O problema, a meu ver, não é se um produto (ex.: IPad) leva a um consumo frequentemente sem propósito utilitário. A questão é que se realmente existe uma necessidade latente ela poderá ser satisfeita de diversas formas e, com certeza, o marketing alicia o público a satisfazer uma necessidade da pior forma.

Abraço da Turquia :)

João Soares Barros disse...

Discussão demasiado complexa para se ter por aqui. Mas é uma visão catastrófica ou que parte do pressuposto que não somos capazes de decidir... De qualquer modo, podes sempre colocar o enfoque noutro lado: se o Marketing e a Publicidade nos tentam seduzir é porque temos Liberdade de escolha. E esse valor é fulcral.
Abraço até à Turquia.

mª do rozário disse...

Como já tinha a nota mental feita de que um post seria dedicado a este tema, já agora partilho a minha opinião pessoal: http://desortografia.blogspot.com/2011/10/consumismo-ou-roubalheira.html


Abaixo-assinando o dono deste blog, este tema daria para uma tese e umas longas e infrutíferas horas de discussão, pelos motivos por mim apontados no post acima indicado.

João Soares Barros disse...

Muito obrigado pela partilha. :)
E já agora juntaria mais umas horas para a publicidade subliminar. Que existe! Aliás, é por isso que há uma lei que a proíbe. Já em relação à sua eficácia, essa sim é que é muito discutível. Pelo menos, na sua forma mais "tradicional".

mª do rozário disse...

Pois... mas fui avisada sob coima de pancadaria que se numa determinada cadeira puxasse a expressão, iria dar azo a uma grande "corrida"! Daí ter riscado a dita cuja da minha mente, apesar de antes no secundário ter abordado o assunto. Ironicamente, por este último motivo, vasculhando em papelada antiga descobri um trabalho sobre publicidade dirigida às crianças onde desanquei imenso na publicidade... muito dentro do estilo de um certo trabalho chamado "Round Final". É caso para dizer que a vida dá muitas voltas e estava longe de pensar qual seria a primeira opção na folha de candidatura ao ensino superior!