A resposta é um simples não.
Em termos publicitários, os benefícios podem ser divididos em "necessários", "quanto mais melhor", "quanto baste" e "inferidos".
Os benefícios "necessários" são aqueles sem os quais a marca passa a ser rejeitada. Por exemplo, um carro deve andar. Se não o fizer, por muito que nos maravilhe pela sua estética e interiores cuidados, é pouco provável que o desejemos...
Os benefícios “quanto mais melhor”são aqueles para os quais o consumidor não estabelece um limite. "Saber bem" é um benefício sem limite. Não há algo que possa saber tão bem, tão bem que... sabe mal.
Não confundir saber bem com doce! É que a doçura é um exemplo de um benefício “quanto baste”. Ou seja, aqui o consumidor considera que há uma medida ideal. Por isso, é que quando algo é demasiado doce até dizemos que fica enjoativo.
Outro exemplo clássico de um benefício "quanto baste" é a espuma da pasta de dentes. Nós queremos que a pasta de dentes faça espuma, mas não tanta que nos saia pelas orelhas, certo?
Finalmente, temos os benefícios inferidos, que são caracterizados pelo facto de serem dispensados pela marca, mas não serem referidos na comunicação. Temos aqui, entre outros, o preço elevado. Quando, ao olharmos para uma montra, vemos dois relógios de marcas desconhecidas e um custa 100€ e o outro 1000€, imediatamente atribuímos ao mais caro uma maior qualidade. Estamos a inferir um benefício...
É assim fundamental analisarmos os benefícios que a nossa marca dá e os seus respectivos tipos, para não cometermos erros como, por exemplo, não traçar limites para um benefício "quanto baste" e com isso levarmos à rejeição por parte do consumidor.
Ou seja, não podemos correr o risco de tornar o Ceú um seca... (ver post com este título)
1 comentário:
era mesmo desta informação que eu precisava, que por sinal está muito bem explicada :)
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