No entanto, não posso deixar de pensar numa coisa. José Sócrates cai porque estava a aplicar medidas de austeridade em cima de medidas de austeridade.
Mas agora repare-se numa coisa; desde que o actual Governo tomou posse, temos visto o quê? Medidas de austeridade que nem sonhávamos serem possíveis, com algumas delas a implicarem perdas de direitos que pareciam inalienáveis. No entanto, apesar de todo o aperto (ou será por causa dele?), Portugal não pára de atingir recordes que preferíamos não ter: os juros da dívida pública nunca estiveram tão altos e o risco de bancarrota bateu máximos históricos durante toda a semana, estando agora acima dos 70%.
Exercício teórico: como estaríamos a reagir se, perante esta situação, o primeiro-ministro se chamasse José Sócrates? Será que somos mesmo um animal racional? Ou estamos todos confiantes que o pastel de nata do ministro Álvaro salvará o país?
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