O reitor de uma das mais prestigiadas escolas de gestão do mundo, INSEAD, lembra-nos que o português é uma das línguas globais e que por isso - junto como o facto de o Brasil ser hoje uma potência emergente - pode servir de alavanca à globalização das marcas portuguesas.
Creio que o problema é que ainda temos de combater duas coisas: o modo negativo como olhamos para o que é nosso (a informação referida acima ganha logo mais credibilidade só porque vem de alguém de fora) e a subserviência exagerada à língua inglesa. Aliás, é curioso como se criam movimentos altamente indignados com o acordo ortográfico, mas ninguém se revolta pela facto de usarmos - sem qualquer necessidade - cada vez mais expressões inglesas.
Dir-me-ão que o inglês é o novo esperanto, mas lembro que também o é porque todos nos curvamos facilmente. Temos uma língua falada em todo o mundo, que, se fosse minimamente defendida, poderia ter um lugar muito mais importante. E com isso puxar o país para cima.
O Pessoa já nos tinha avisado que a nossa pátria é a língua portuguesa, mas teimamos em não ouvi-lo.
2 comentários:
O problema é mais o facto de o Brasil ter um crescimento com "perna curta". Se nós vivíamos acima das nossas possibilidades, do Brasil actual nem se fala. E lá se vai a importância do português nos mercados novamente. É um país a não ponderar para planos de longo prazo/investimento para a vida (tradução, emigração,...). Qualquer dia fazem o mesmo ao Real que fizeram à moeda antiga.
Creio que tem razão em termos do crescimento económico pouco sustentado - aliás, os disparates da humanidade costumam ser cíclicos. Mas isso não invalida que, nesta altura, possamos aproveitar essa força. E ainda invalida menos a força do português e o modo como nos vergamos perante o dito esperanto (leia-se inglês).
Enviar um comentário