sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Fringe benefits?

Muitos amigos me perguntam como é que posso ter tanto prazer em exercer uma profissão - professor - que tem perdido prestígio, dinheiro e estabilidade.
A resposta é simples: fringe benefits.
Só que estes fringe benefits não são aqueles que normalmente se vêem nas empresas (carro, cartão de crédito, etc.); os meus fringe benefits medem-se naquilo que recebo dos alunos. As perguntas, os olhos iluminados por os ter ajudado a descobrir uma nova janela sobre o mundo, o sucesso que têm na vida profissional após terem deixado a faculdade e os agradecimentos embrulhados em embalagens especiais. No ano lectivo passado, por exemplo, entre outras coisas, recebi uma lata de Coca-Cola (bebida que me acompanha diariamente) assinada pelos alunos e um discurso em que me disseram que eu era como os professores que se vêem nos filmes e que se pensa não existirem. Ego muito inchado à parte, eu sei que são visões toldadas pela generosidade de quem me olha, mas também por isso fazem diferença. E fazem desta profissão um caminho único.

3 comentários:

Daniel disse...

Não estou aí, e estou. Way to go, dudes!

Ju disse...

Desde sempre que fui muito ligada às pessoas, quando estava no secundário tinha um professor que me dizia que na faculdade os professores não querem saber de nós, não se preocupam e mal sabem o nosso nome. Fico grata por saber que o professor João Barros não está dentro desta lista, aprendi muito consigo e sabe bem como é importante para todos nós, para além de um grande mestre será também um grande amigo, sempre.

Obrigada por tudo o que me ensinou, continue sempre a ser como é, sempre cheio de vida e de mensagens positivas e verdadeiras.

Joana

João Soares Barros disse...

Obrigado pelo olhar encantado, Joana. É fácil ser professor de alunos generosos. E que, ainda por cima, me deixam babado com as visões carinhosas. :)