quinta-feira, 18 de setembro de 2008

A mentira da verdade?

A história vinha na revista Visão.

Segundo uma lenda indiana, um príncipe desejava casar com uma bela mulher - como em quase todas as histórias, não é? -, mas o pai da rapariga apenas a entregava a quem encontrasse a verdade.

Assim, o príncipe correu o mundo, perguntando a todos se sabiam onde estava a verdade, mas a resposta era sempre a mesma: «não, não conhecemos».

Ao fim de anos e anos, já esgotado, parou para descansar numa gruta. Apareceu-lhe uma mulher horrenda, encarquilhada, peluda, coberta de verrugas e pústulas, que disse: «sou eu a Verdade».

Emocionado, o príncipe pediu-lhe logo que viesse com ele, pois todos na Terra ansiavam por conhecê-la.

Ela negou. «Diz-lhes só que sou bela e deslumbrante».
Ou como disse o Ricardo Araújo Pereira, na mesma revista: «Todos os dias ouvimos a verdade ser gabada. Que a verdade é para ser dita. Que a verdade é como o azeite, vem sempre ao de cima. Grande coisa. Sabem o que é que também anda sempre à tona? O cocó.»

3 comentários:

Anónimo disse...

Devemos mentir?

João Soares Barros disse...

A ideia não é essa!

Apenas alertar para o facto de a nossa sociedade hipervalorizar certos conceitos (como a verdade) e tentar torná-los absolutos.

Como muito bem mostra este último e muito pouco recomendável programa da SIC, a verdade não é um conceito absoluto e nem sempre o caminho necessário. Qual a vantagem de saber a resposta a uma pergunta "Acha-se melhor mãe para os seus filhos do que a sua mãe foi para si?".

Unknown disse...

WTF? ahahhaha